segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Papéis Avulsos

Em páginas encardidas reuni,
Confidências do Passado, Presente e Futuro.
De uma confusa existência abstraí,
Um ser alheio, frio e obscuro.


Temores, sonhos e sentimentos,
Segredei à páginas de papéis avulsos.
Confidentes de meus tormentos,
Testemunhas de meus impulsos.


As memórias deste errante solitário,
Decidiram, enfim vir à tona.
Cansadas do silêncio de um diário,
Emanciparam-se nessa súbita Intentona.


Se serão lidas e contempladas,
Se serão esquecidas ou rejeitadas;
Não cabe a mim, tais acontecimentos prever.


No entanto, esse "poeta"
Em suas lembranças reveladas,
Em suas memórias à papéis avulsos confidenciadas,
Lamenta o que não pôde sequer ousar viver.

4 comentários:

Unknown disse...

Muito bom!!! Enfim compartilhas o que estava há tanto tempo guardado.

Unknown disse...

Uffa!! consegui.

Unknown disse...

Poeta...Que bom que tudo isso não ficou em um fundo de uma gaveta.Enfim,teremos o prazer de ler seus papéis avulsos,ricos de sensibilidade!Abraços!Porcina.

Anderson Frasão: disse...

Papéis... meros papéis, ora levados pelo vento, ora trazidos em forma de alento.


Parabéns!