terça-feira, 14 de junho de 2011

Déjà- Vu

Sinto meu coração apertado essa madrugada,
O Passado... Às vezes me inquieta, às vezes me faz refletir, às vezes me faz calar.
Algo tão estranho que igualmente estranho torna o meu pensar,
Algo diferente aconteceu,
Chego até pensar que hoje não sou mais eu.
Lembro-me das manhãs, das caminhadas em direção ao sol nascente,
Das matinais orações nos altos rochedos,sempre cabisbaixo e às vezes descontente
Dos braços abertos na ânsia de alcançar os altos céus.

Caminhos tortuosos, respiração cansada...
Incontavéis passos,Longa jornada.
Verde relva, gotas de orvalho, casas pequenas
Pobre criança... Alma serena.
Tantos sonhos, tantas promessas...
Os dias passavam, sempre ansioso, sempre com pressa.

Hoje, absorto, reflito sobre cada momento.
Inquieto-me, avalio cada esforço, cada descomunal intento,
O tempo passou não há como negar,
Após dez anos me questiono,
Onde os próximos dez hão de me levar?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O que há de bom no ser humano?

Tantas mentiras... A ânsia do Ter pelo Ser
Me recuso a acreditar que precisemos uns dos outros para sobreviver!
Tantas oportunidades perdidas,
A chance de ser melhor...
De um dia não ser resumido apenas a cinza e a pó.
Às vezes me embrulha o estômago, chego a sentir ojeriza...
Não resisto ao odor da arrogância que a muitos aromatiza.
Tenho buscado resistir aos soldados sórdidos e sujos,
Ensanguentados com minha decência
Que Brincam de tiro ao alvo com o pouco que resta de minha inocência.