segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Grande Estréia

Os Corredores Frios e Escuros,
Iluminam-se,
Os Rostos até então estranhos,
Congratulam-se,
É dado o fim de mais uma Jornada,
Hoje Deles, em breve a Minha,
Inúmeras vezes Subestimada,
O Prédio e arredores.
Compõem o presente Palco,
Para Dezenas de Protagonistas,
Que do próprio Destino tornaram-se,
Cruéis Antagonistas,
Páginas Encardidas, Inúmeros Sermões,
Anos de Sonhos, Incontáveis Frustrações,
Lágrimas e Sorrisos,
Unem-se Nesse Amálgama de Emoções,
Últimos Olhares, Últimos Abraços,
Prenúncio de Numerosas Separações,
Espectador, reluto tal trama em breve protagonizar,
Junto a Coadjuvantes, Antagonistas e Figurantes,
Que não conseguiram reservar,
À Minha Existência um poucos de seus Instantes,
À Espera, temo pelo caráter que tal trama assumirá,
Quando meu Olhar cruzar o Teu,
Que irá, certo de que nunca mais voltará,
E em meio a Singular Cenário, o que acontecerá?!
Coroa de Louros, Aplausos,
Momentos de Glória, Anonimato,
Qual Desfecho esse Enredo tomará?!
E o que farás quando meus pés o Escarlate Tapete Pisar?
Do Silêncio à Aclamação,
Da Glória à Humilhação,
Do público, do Teu Olhar,
Que se empenhou em Minha Existência ignorar,
E qual FIM atribuirão os Deuses à essa Hercúlea Epopéia,
Que quatro Anos aguarda ansiosamente Sua Grande Estréia?!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Untitled

O Astro Lunar então reluz,
Sobre as mesmas velhas folhas encardidas,
Em meu Refúgio novamente a confidenciar Sentimentos,
Dessa pobre Existência esquecida,
Os ECOS do teu Silêncio,
Deveras incomodam os meus ouvidos,
Enquanto os Astros Estelares,
Relutam em realizar meus pedidos.
Mas sopra meu velho amigo e companheiro,
Insistindo em me Acalentar,
Vento do Oeste, outrora Forasteiro,
Conforta-me ao dizer que do teu rosto Carícias ousou roubar,
Em meio a esse triste Cenário,
Sem ti, resta-me apenas Afrodite, talvez minha única Inspiração,
Tu, porém num astuto Ideário,
De mim Roubaste, tatuando-a no lado Oposto ao Coração,
Por nada me restar dizer,
Tampouco me restar fazer,
Eis que minhas retinas fatigam,
Enquanto meu Cinzel se põe a falhar,
De súbito as palavras silenciam,
Após convencerem-me de te RENUNCIAR.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A Outra Face da Estrela

Do alto a contemplar mortais,
Muitas vezes, desejando igual a um deles ser,
Vivendo em meio a um triste Luar,
Lamentando teus desejos não conceder.
Talvez outrora,
Quando Errante fosse,
Pudesse no Prenúncio da Aurora,
Suavizar teu Pezar,
Cansada de Testemunhar tuas Desilusões,
Quando te dispuseste a Amar.
Porém em meio a um Mito,
Ainda não Desmistificado,
Sobre Sonhos e Pedidos ainda não Reaizados,
Se no céu perceberes,
Um corpo celeste dissipar,
Não faças pedidos,
Busque-o incessantemente,
Aquele que renunciou a Eternidade,
Escolhendo vir a Terra para te Amar.