sábado, 24 de outubro de 2009

Super(AÇÃO)

As lágrimas que se foram não mais tornarão,
E que assim o seja, driblar o percurso natural do destino
Requer de nós uma SuperAÇÃO,
Trocar lágrimas por sorrisos,
Fotos por um real calor,
Tornam-se sábias atitudes,
Infinitos momentos de torpor.
O que o passado tomou para si,
Lamento por ter sido escolha tão triste,
Pois no futuro avistar-se-ão raios no horizonte,
E haverá felicidade, aquela de quem tanto fugiste,
Por achar que nas lágrimas e na dor,
Encontrarias tão singular amor,
Porém é aí que percebes,
Que o fim e o início são relativos,
E o que ora se institui farsa, ou realidade
O é apenas, quando escolhes viver uma mentira, como realidade.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fim do Início, Início do Fim

Muito além encontram-se meus pensamentos.
Além Mar, Além Céu, Além Vida,
Anos de Torpor e Sofrimento,
Restringem-se a uma Triste Despedida.
... Turbilhão de Sentimentos,
Amálgama de Emoções,
Profissionais Intentos,
Sentimentais Frustrações.
...Pegadas na Lama,
Gritos que Ecoam
Cercados por canas,
...Genealogias se amontoam.
Após Idas e Vindas,
Um coração silencia,
É o Início que se finda,
E o Fim que se inicia!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Absolutas Verdades

Luzes se apagam,
Corpos se vão,
Meses a fio,
Esforços tão vãos,
Perto do fim,
Triste Despedida,
Aceitar enfim,
A Amarga Partida,
Sorrisos e Olhares,
Nada mais resta,
Coração vazio,
Impreenchíveis Arestas,
Eis o Destino,
ABSOLUTAS VERDADES:
Um Amor Libertino,
Imerso em mediocridades!

terça-feira, 19 de maio de 2009

O Verbo Amar

Amo, Presente do Indicativo;
Amava, Pretérito Imperfeito;
Amei, Pretérito Perfeito;
Tenho Amado, Pretérito Perfeito Composto;
Amara, Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples;
Tinha Amado, Pretérito-Mais-Que-Perfeito Composto;
Amarei, Futuro do Presente Simples;
Terei Amado, Futuro do Presente Composto,
Amaria, Futuro do Pretérito Simples;
Teria Amado, Futuro do Pretérito Composto,
Ame, Presente do Subjuntivo;
Amasse, Pretérito Imperfeito;
Tenha Amado, Pretérito Perfeito;
Tivesse Amado, Pretérito Mais-Que-Perfeito;
Amar, Futuro Simples;
Tiver Amado, Futuro Composto;
AMAR, Infinitivo Presente Impessoal;
AMAR, Infinitivo Presente Pessoal;
TER AMADO, Infinitivo Pretérito Impessoal;
TER AMADO, Infinitivo Pretérito Pessoal,
AMANDO, Gerúndio Presente;
TENDO AMADO, Gerúndio Pretérito;
AMADO, Particípio Passado...
...O Futuro sempre nos será Incerto,
O Passado, PREDOMINANTE, escapa de nossas mãos;
O Imperativo, INEXISTENTE; pois não se impõe tal sentimento ao próprio coração, é espontâneo e voluntário, simplesmente acontece;
O Infinitivo, Desejo Abstrato;
Subjuntivo, sempre condicionado por uma Irreal Possibilidade;
Gerúndio, Reflexo do Presente!!??
Presente, Incessante Espera;
As possibilidades do Amor acontecer são extremamente REMOTAS,
Quando acontece então, é algo Sobrenatural;
É uma Dádiva, Sentimento Divinal,
Fadado ao Insucesso a mim, reles MORTAL.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Prenúncios

Anúncio da Aurora,
O sol que não vem,
A chuva lá fora,
Prenúncios do além,
Nada é como antes,
Como outrora costumava ser,
Passam os instantes,
Temo o Anoitecer,
Dias nublados,
Costumavam me entorpecer,
Agora Estranhos Prenúncios
Perseguem a mim,
Conduzem-me a você.
A cada anoitecer,
Novas amargas Torturas,
Ver e não Ter,
Lágrimas Infindas, Caudalosos Rios de Amargura,
Meus olhos perdidos,
Sempre a clamar os teus,
Teu rosto esquivo,
Desprezam-nos como em um triste Adeus.
Todavia, confesso que Implorar sempre foi um verbo,
Que nunca conjuguei com maestria,
Pois já me são suficientes,
A indiferença e O sofrimento,
Quando conjugo o verbo Amar, nas noites frias e sombrias.
A cada noite que se finda,
Tenho Prenúncios de uma nova outra que virá,
E eu como em Profecia,
Cumpro a cada dia,
O Itinerário do meu Penoso Purgar.

terça-feira, 10 de março de 2009

Marina

Tristes Notas Musicais,
ECOAM na Orla Sombria,
Não há portos, não há cais,
Apenas Pegadas e Areia Macia,
Tristes Versos Dedilhados,
Provenientes de uma Desconhecida Autoria,
Convidam da Marina este Errante Solitário,
A Lançar-se num Ideário de Fantasias!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Estranhos

Olhares se cruzam,
Não mais se encontram,
Estranhos...
Apenas Estranhos,
Como Outrora e Doravante,
Mais próximo do fim,
Apenas estranhos,
Os corredores frios também me são estranhos,
Mudanças tão estranhas,
Tudo tão estranho,
O momento, a circunstância, igualmente estranhos,
...O tempo, capaz de tantos feitos,
Prefere tornar tudo ainda mais estranho,
Mudanças...
Despedidas...
Silêncio...
Me moldam um ser estranho,
Talvez seja reflexo dos ECOS do poeta,
Que ora me elogiam, ora me insultam,
Ao afirmar com indiferença que "Até as pedras com o tempo mudam"!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Grande Estréia

Os Corredores Frios e Escuros,
Iluminam-se,
Os Rostos até então estranhos,
Congratulam-se,
É dado o fim de mais uma Jornada,
Hoje Deles, em breve a Minha,
Inúmeras vezes Subestimada,
O Prédio e arredores.
Compõem o presente Palco,
Para Dezenas de Protagonistas,
Que do próprio Destino tornaram-se,
Cruéis Antagonistas,
Páginas Encardidas, Inúmeros Sermões,
Anos de Sonhos, Incontáveis Frustrações,
Lágrimas e Sorrisos,
Unem-se Nesse Amálgama de Emoções,
Últimos Olhares, Últimos Abraços,
Prenúncio de Numerosas Separações,
Espectador, reluto tal trama em breve protagonizar,
Junto a Coadjuvantes, Antagonistas e Figurantes,
Que não conseguiram reservar,
À Minha Existência um poucos de seus Instantes,
À Espera, temo pelo caráter que tal trama assumirá,
Quando meu Olhar cruzar o Teu,
Que irá, certo de que nunca mais voltará,
E em meio a Singular Cenário, o que acontecerá?!
Coroa de Louros, Aplausos,
Momentos de Glória, Anonimato,
Qual Desfecho esse Enredo tomará?!
E o que farás quando meus pés o Escarlate Tapete Pisar?
Do Silêncio à Aclamação,
Da Glória à Humilhação,
Do público, do Teu Olhar,
Que se empenhou em Minha Existência ignorar,
E qual FIM atribuirão os Deuses à essa Hercúlea Epopéia,
Que quatro Anos aguarda ansiosamente Sua Grande Estréia?!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Untitled

O Astro Lunar então reluz,
Sobre as mesmas velhas folhas encardidas,
Em meu Refúgio novamente a confidenciar Sentimentos,
Dessa pobre Existência esquecida,
Os ECOS do teu Silêncio,
Deveras incomodam os meus ouvidos,
Enquanto os Astros Estelares,
Relutam em realizar meus pedidos.
Mas sopra meu velho amigo e companheiro,
Insistindo em me Acalentar,
Vento do Oeste, outrora Forasteiro,
Conforta-me ao dizer que do teu rosto Carícias ousou roubar,
Em meio a esse triste Cenário,
Sem ti, resta-me apenas Afrodite, talvez minha única Inspiração,
Tu, porém num astuto Ideário,
De mim Roubaste, tatuando-a no lado Oposto ao Coração,
Por nada me restar dizer,
Tampouco me restar fazer,
Eis que minhas retinas fatigam,
Enquanto meu Cinzel se põe a falhar,
De súbito as palavras silenciam,
Após convencerem-me de te RENUNCIAR.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A Outra Face da Estrela

Do alto a contemplar mortais,
Muitas vezes, desejando igual a um deles ser,
Vivendo em meio a um triste Luar,
Lamentando teus desejos não conceder.
Talvez outrora,
Quando Errante fosse,
Pudesse no Prenúncio da Aurora,
Suavizar teu Pezar,
Cansada de Testemunhar tuas Desilusões,
Quando te dispuseste a Amar.
Porém em meio a um Mito,
Ainda não Desmistificado,
Sobre Sonhos e Pedidos ainda não Reaizados,
Se no céu perceberes,
Um corpo celeste dissipar,
Não faças pedidos,
Busque-o incessantemente,
Aquele que renunciou a Eternidade,
Escolhendo vir a Terra para te Amar.